quinta-feira, 14 de julho de 2011

Vivendo de Fábulas

Pra que outros possam viver, vale a pena morrer
Pra que outros possam sorrir, vale a pena chorar
Pra que outros possam viver...


II Coríntios 4.1-16
Portanto, visto que temos este ministério pela misericórdia que nos foi dada, não desanimamos. Antes renunciamos aos procedimentos secretos e vergonhosos; não usamos de engano, nem torcemos a palavra de Deus. Ao contrário, mediante a clara exposição da verdade, recomendamo-nos á consciência de todos, diante de Deus.


Mas não pregamos a nós mesmos, mas a Jesus Cristo, o Senhor, e a nós como escravos de vocês por causa de Jesus. De todos os lados somos pressionados, mas não desanimamos; ficamos perplexos, mas não desesperados, somos perseguidos, mas não abandonados, abatidos, mas não destruídos.


Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregue á morte por amor a Jesus, para que sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. De modo que em nós atua a morte; mas em vocês, a vida.
                                                                   
Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia. Pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma gloria eterna, que pesa mais do que todos eles, assim fixamos os olhos não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório é passageiro e o que não se vê é eterno.


Pra que outros possam viver, vale a pena morrer
Pra que outros possam sorrir, vale a pena chorar
Pra que outros possam viver...


Nas palavras do livro de Coríntios que acabamos de ler, segundo o apóstolo Paulo, para que outros possam viver, não apenas vale à pena morrer, deve se morrer! É necessário morrer para que haja vida. 


Como disse Paulo, “Trazemos sempre em nosso corpo o morrer de Jesus, para que também a vida de Jesus seja revelada em nosso corpo. Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregue á morte por amor a Jesus, para que sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal. De modo que em nós atua a morte; mas em vocês, a vida.” (II Coríntios 4.10-12)


Assim a semente que não morre não germina, assim como a semente que não morre é incapaz de produzir frutos, aquele que não morre é incapaz de gerar vida.


Se não fosse o sangue do cordeiro, se não fosse o sangue de todos os mártires que vieram antes de nós, se fosse essas pessoas que morreram (se doaram), não seriamos conhecedores das boas novas da vida. Mas se as coisas são assim, se isso é verdade, se isso reflete a realidade, se o Senhor Jesus teve a intenção de dizer o que ele exatamente disse, por que é então que não morremos? Por que então, que o mundo está cansado de ver uma igreja, que deveria carregar a mensagem da morte, mas não carrega? E afirmo não carrega por que “ela” mesmo recusa-se a morrer.


Se o ensinamento é esse, por que então, não vemos mais vidas sendo geradas, nações sendo alcançadas em meio a voluntária entrega da vida por parte daqueles que se dizem “cristãos”?


Por quê? Por quê? É porque existe algo de muito errado em nosso meio, existe algo muito errado naquilo que dizemos Evangelho do reino de Deus. O evangelho é do Reino de Deus e não do Reino dos homens para os homens, não evangelho desta terra para esta terra, não evangelho do seu reino para você, para seu próprio beneficio, mas sim Evangelho do reino de Deus para o beneficio de Deus.


Existe algo de muito errado, porque estamos confundindo o evangelho do Reino de Deus que é para o beneficio de Deus, com outros evangelhos. E o povo, a massa, por falta de lideres que preguem o que o povo precisa ouvir e não o que o povo quer ouvir, estão levando o povo a adorar outros bezerros de ouro.


Quando falo bezerros de ouro, quero fazer um paralelo com o povo de Israel que durante um período, deixou de buscar a Deus para adorar um bezerro de ouro. O grande bezerro de ouro dos nossos dias é a benção, a vitória, a conquista, o bezerro da prosperidade, da saúde, do meu bem estar, do meu conforto, da minha necessidade, do meu reino, etc... Coisas semelhantes a essas tomaram a posição de Deus.


Já viram os nome das campanhas  “Cristãs”?
·         Sete passos para a vitória
·         40 dias de Jejum da vitória
·         12 maneiras para ser prospero
·         Tarde da Benção


Varias campanhas ensinando formas, de você fazer com que Deus faça aquilo que você quer que ele faça, não importando se Ele quer fazer ou não. Na contra mão de tudo isso, quando Jesus se dirigiu ao Pai (Deus), Ele disse: Não seja feita a minha vontade, mas a tua (do Pai).


Mas esse modelo de Jesus segundo o que chamamos de cristianismo atual, não serve para os cristãos de hoje, me parece que serviu apenas para Jesus...


Você já viu alguma campanha com esses nomes:
·         Campanha do negue–se a si mesmo
·         Campanha dos três passos para morrer
·         Sete maneiras de amar ao seu próximo
·         40 dias de Jejum, para que eu possa carregar a minha cruz


Nunca viu, campanhas como essas? Por que não? Deve ser por que não é isso que é importante, o importante deve ser ter o carro do ano, ser ABENÇOADO, ter o milésimo par de sapatos.


Existe quem diga: Eu sou tão abençoado e é muito obvio que Deus está preocupado em colocar dinheiro em minhas mãos para eu comprar coisas (caras e tolas) em vez de colocar recursos sobre os meus cuidados para que eu possa de alguma maneira aliviar a dor dos aflitos...


Existe quem acredite que é mais importante o seu reino a sua própria justiça, mais do que o próprio Deus. Que acredita que o importante é viver como se não houvesse morte, e quando à hora dele chegar, ocorra de morrer como alguém que nunca quis viver.


E nesse sentido adquirir a próxima “benção” (bem material) é mais importante do que ajudar ao próximo. O importante passa a ser o próprio umbigo, o próprio reino a própria justiça... E com o tempo quem segue essa linha de pensamento, passa acreditar que foi ele que conseguiu tudo e que Deus não fez e não faz nada...


Jesus falou claramente sobre a sua morte em:
Marcos 8.31
Então ele começou a ensinar-lhes que era necessário que o filho do homem sofresse muitas coisas e fosse rejeitado pelos lideres religiosos, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da lei, fosse morto e três dias depois ressuscitasse.


O apóstolo Pedro não concordou com esse ensinamento e chamando Jesus a parte começou a repreendê-lo. Veja como desde o inicio a igreja se escandalizou com a mensagem da morte. Jesus, porém voltou – se olhou para os seus discípulos e repreendeu Pedro dizendo:


Marcos 8.33
... Para traz de mim satanás! Você não pensa nas coisas de Deus, mas nas coisas dos homens...


Quantos acham que cuidam fazer e observar as coisas de Deus mas estão cheios e buscam as coisas dos homens...


Mateus 8.34-35
E chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará. Pois, que aproveitaria ao homem ganhar todo o mundo e perder a sua alma?


Preste atenção no que acabou de ler, Jesus disse: “Se alguém quiser”, não é obrigatório. No final Deus ira recompensar a cada um segundo as suas escolhas e suas obras.


Quem fizer de tudo para garantir sua vida neste mundo, não merecera a vida no outro. Quem fizer de tudo para garantir sua vida no outro mundo, perderá sua vida neste (perderá o controle). Quem estiver com os olhos nas coisas deste mundo receberá apenas as coisas que este mundo é capaz de dar, mas quem viver com os olhos fixos no tesouro eterno, esse receberá aquilo que a eternidade tem a oferecer.


Entenda algo, sabe por que religiosos fanáticos que se matam, que dão suas vidas para ser destruídas? É por que eles estão de olho na eternidade. Agora sabe por que você se recusa a negar – se a si mesmo e entregar o controle de sua vida a Deus? É porque você está olhando de mais para as coisas dessa vida.


Mas a Igreja? Onde está a voz profética? Onde estão os que pregam a verdade? Onde estão os mestres religiosos a gritarem morram?


Já um grupo chamado missionários Moravianos que se vendiam como escravos para pregar aos escravos. Fizeram isso porque sabiam essa vida não valia pena ser vivida se não fosse para Deus. Alguém havia lhes ensinado para que outros pudessem viver valia a pena morrer.


Agora hoje muitos estão fascinados com mestres que pregam apenas vida apenas nessa vida, mestres que distorcem o significado de vida em abundancia. Mas ainda existem alguns, os remanescentes, existem ainda alguns que se recusam a se curvaram aos bezerros de ouro. Existem ainda alguns que se permitem ser afligidos por amor a Cristo. Alguns que entenderam a vo do Espírito de Cristo, do Cristo  que deu o exemplo a ser seguido não apenas em vida mas também na sua morte de cruz e são capazes de dizer. Não sou eu mais que vivo, mas Cristo vive em mim.


Amados a vida é para os que crêem, os que crêem não deve ter medo da morte, quem tem medo da morte não crê. Eis que a morte é o maior medidor da fé, os que morrem são os que crêem. Termino com um texto bíblico de Paulo:


II Timóteo 4.2-4
Que pregues a palavra, esteja preparado  a tempo e fora de tempo, corrija, repreenda, exortes, com toda a paciência e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.  


Tudo isso já está acontecendo, pessoas escolhem para si doutores conforme suas próprias consciências e se desviam da verdade preferindo ouvir mensagens de final felizes e que massageiam o ego, que esses não sejam você. Amém!


Autor: Juliano Son (Livres para Adorar)




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